segunda-feira, 13 de junho de 2011

ODE AO VENTO

vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
(som do vento)

Vento...
Fecho os olhos e sinto o vento,
lembro-me desse belo sentimento
que me invocas quando me acaricias,
quando com a tua frescura me delicias,
Sempre que passeio à beira-mar
E me lembro que já fui pessoa de amar...

Sinto...
Fecho os olhos, abstraio-me e sinto
o mesmo prazer que só a ti agora consinto,
Quando, de leve, os cabelos me afagavam,
e como o queriam, e como gostavam,
e como me fazes sentir de novo a voar
e na memória o teu sussurro a ecoar...

Então abro os olhos e olho para o horizonte,
vejo o passado a renovar-se defronte,
sinto o que de melhor já senti novamente
e consigo, só contigo, ficar contente...

Brisa...
De olhos abertos a lacrimejar de brisa
que de tão suave os meus sonhos realiza
é a sensação que outrora tive com outrém,
é a beleza perdida que em mim se contém,
é agradibílissima e sinto-me volátil
ao sentir de ti esta velha sensação táctil...

Sorvo...
De olhos e boca abertos te sorvo
vento meu que me afastas o estorvo
de ter de ter alguém para me deter
quando te tenho para me entreter
e entretanto sinto-me tanto e rodopio
envolta em ti, meu amor, meu vento frio...

Então fecho os olhos e me introspecto,
descarrego a adrenalina e vem directo
da memória, do coração; tudo se mistura,
e este meu bem-estar só connosco perdura...

12-06-2011

1 comentário: