quinta-feira, 25 de março de 2010

POEMA 18

DENTRO DA MINHA MENTE, PELO MENOS SUPOSTAMENTE...

Meu amigo, isto já tinha de ser
Pois ele pouco fez para me merecer
Sabes que sou muito egocêntrica
Sinto-me bem em ser autêntica
Isto tinha mesmo de ter um fim
Eu não podia continuar assim...
Contigo descobri a verdade
Não é comum a nossa amizade
É tão boa e é tão sincera,
Algo de que não estava à espera...
Sortuda em te ter encontrado
Passo contigo um excelente bocado
Só te sinto e não te vejo
Só te ouço não te aleijo
Também eras incapaz de o fazer
Tens pela vida outro prazer
Vês tudo de maneira diferente
Tens o optimismo sempre presente
Confesso que me sinto bem contigo
Mas não te conheço e é um perigo
Serã que isso aumenta a tentação?
Nunca outrora tive esta sensação...
Creio haver algo em ti que me atrai
Mas o desconhecido também retrai
Se ao menos eu tivesse mais respostas
Porque sinto que de mim gostas
Erros cometem-se e com eles cescemos
Mas também é bom que os evitemos
Dizes que eu sou a tua musa
A inspiração que a arte te recusa
Dizes-me a mais perfeita do mundo
És exagerado mas sincero lá no fundo
Embora às vezes não te compreenda
Pareces querer que de ti dependa
Tenho medo que nada resulte
E que tudo em vão se exulte...
Serão os erros ou a futilidade?
Porque é tão difícl saber a verdade?
Será só mais uma coincidência?
Não conheces o sabor da desistência
És persistente e tão confuso...
Confundes-me porque não te acuso...
Confundes-me com a tua poesia
A tua mente não está vazia
Fazes-me pensar o contrário
Mas basta ler o teu poemário...
Tens capacidades incríveis
Mas foges desses níveis
Dizes coisas tão bonitas
Mas nem em ti acreditas
Ensinaste-me uma felicidade
Da qual só por vezes tens vontade
Abriste-me o caminho para o paraíso
Pois para ti não é preciso
Haverá melhor exemplo de bondade
Que a tua falta de perplexidade
Que a tua calma profunda
Que no mundo já não abunda?
E páro um pouco no verso sessenta
Pois o meu coração já não aguenta...

(21/2/2005)

POEMA 17

INTRODUÇÃO AO POEMA 18

É este o poema que eu fiz por ti
Aquele em que eu por ti senti
Aquele em que eu tu eras
E no qual as palavras são sinceras
Ou pelo menos é suposto que sejam!
E antes que quaisquer outros o vejam
Dignei-me a aqui deixá-lo
E para ti passá-lo
Pois é para ti apesar de tu o teres feito
Um presente para ti própria em que não aceito
Alguma vez sequer ter participado
Pois o que está escrito naquele bocado
De papel que um dia talvez vejas
Não é mais do que as palavras que desejas
Que lá estejam escritas!
E algumas daquelas palavras são bem profundas e bonitas...
E como calculavas fiz-te a vontade
E o que lá está escrito só tu sabes se é verdade
Por isso se algo correr mal só podes acusar-te
A ti própria! Eu só contribui com tempo e arte!
E também não espero que percebas este poema
Mas isso já me daria mais um tema
E eu faria um novo poema
Que não sou preguiçoso
E gerava-se aqui um ciclo vicioso
Do qual me quero libertar! Não sou um viciado!
Ou pelo menos não era até te ter assegurado
Que escrevia tanta poesia em tempo tão limitado...
Agora faz parte do passado o que foi prometido
Mas não me encontro nada arrependido! =)
Grande lata a minha em fazer um poema e dar-te a responsabilidade
Da sua aparição... Agora era engraçado se de verdade
Tivesses pensado tudo aquilo enquanto falamos
No prodigits... Parece que agora longe estamos...
Não achas o mesmo? Mas em simultâneo
Acho que não se podia encontrar melhor sucedâneo
Que a última abençoada quinta-feira
Em que me senti bem a tarde inteira
Em que me senti mais próximo de alguém
E que voltei a sentir que também
Tenho lugar no mundo! Mais que alguma vez anteriormente
Senti que havia alguém presente
E que dizia algo que fazia sentido...
Hmmm, acho que estás, como tinhas pedido,
A entrar na minha mente...
Este poema é tão diferente...
Desculpa mas ainda não é hoje que a minha mente vai estar exposta :p
Mas se inconscientemente levantou o véu é porque de ti muito gosta...
E nunca te esqueças que as palavras não passam disso, palavras,
As acções é que podem mudar vidas...:

(11/4/2005)

os interesses - pt. III

Creio que encerro aqui a terceira parte do livro, onde descrevo os principais interesses da mariana (pelo menos o eram na altura): dormir, tulipas e tudo o que eu fizesse! Sou convencido? Não, realista! E o que é a nossa alma senão aquilo que temos a dar ao Mundo?! Eventualmente também terei feito uma música com daquele poema 15. Creio que não está gravada mas felizmente permanece na minha memória, talvez a volte a gravar um dia destes. Sim, já foi gravada uma vez mas foi uma gravação bem efémera que só duas almas ouviram...
Agora vou entrar numa outra dimensão que é a mente das mulheres... E já so faltam 84!

POEMA 16

ALMAS

Almas juntas são ricas
Se separadas estão nuas
Diz-me que comigo ficas
E ambas serão tuas...

(28/3/2005)

POEMA 15

(AH AH AH) HMMM... AH E TAL...

Os passarinhos cantam lá fora
Enquanto tu é quem mais cora
Mas as vergonhas sou eu que passo
Em tudo aquilo que te digo e faço

Sou eu quem canta agora
Por favor não vas já embora
Ouve aquilo que te dedico
Se preferires aqui não fico

Hoje sinto-me bem
Espero que tu também
És tu quem me faz sentir assim

Ri-te à vontade
Só te digo a verdade
Preciso de ti perto de mim...

(24/3/2005)

segunda-feira, 22 de março de 2010

POEMA 14

LILIÁCEA

Eu provarei a eficácia
Do teu suave perfume,
Da tua perspicácia,
Mesmo que nada arrume
E diga uma falácia
Entrarei no teu lume
Com cor de liliácea
E dor de um só gume,
E espero sair vivo
Pois sou muito esquivo...

Gostava de te ajudar
Mas tenho um problema
Poemas para te dedicar
Sem qualquer nexo ou tema
Prometi-tos, vou-tos dar
Produção é por sistema
Inspiras-me para acreditar
Na vida e seu dilema,
Morrer por um perfume eterno
Ou viver sem flores no inverno...

(27/2/2005)


("tulips" from www.mundodeflores.com)

POEMA 13

TULIPAS

É verdade,
És uma flor,
Desconheço a tua idade,
Desconheço a tua cor,
Conheço a saudade,
Conheço o amor.

És a cura para uma doença,
És a justiça duma sentença,
És o dogma de uma crença,
És por quem meu coração pára,
És uma tulipa negra e rara...

São tantas as flores
E de saborosas cores
E de belos sabores
E de tantos odores,
Mas só tu és inconfundível,
Ninguém mais atingiu o teu nível,
Porque és da vida a mais incrível,
Tulipa negra és a perfeição à face da Terra,
Acredita neste humilde coração que nunca erra...

(27/2/2005)



("tulip" from www.fotothing.com/photos/cac)

POEMA 12

SONINHO

Acredita...sinto-me tão sozinho,
De cada vez que tens soninho,
De cada vez que eu não tenho...

Apenas permaneço sempre acordado
Porque estou sempre ao teu lado
Porque cá estás quando cá venho...

Mesmo quando o sono me consome
De ti ando sempre cheio de fome
Algum que eu tenha tu me tiras

Quero estar contigo cada momento
E o soninho não será impedimento
Os estados mentais são mentiras

(5/3/2005)

a mariana - pt. II

Esta deve ser a segunda parte do livro. Há uma certa caracterização da minha "musa inspiradora". E já só faltam 89...

sexta-feira, 19 de março de 2010

POEMA 11

AS TUAS MÃOS

As tuas mãos são tão bonitas
É pena porque não acreditas
Porque as escondes de mim?
Gosto tanto delas assim...

Quem me dera sentir o toque
Não seria para mim um choque
Mas sim um sonho realizado
Ser por essas mãos acariciado...

Mãos perfeitamente desenhadas
Dimensões bem proporcionadas
Porque não vês o que eu vejo?
Não sentes o que eu desejo?

Sem essas mãos não me chegariam
Letras que não me mudariam
Conforto ternura e tanta paz
De que só tu foste capaz

Não escondas aquilo que és,
Perfeita da cabeça aos pés,
Exibe-te sem tantos medos
Deves tanto aos teus dedos...
Devo tanto aos teus dedos...

(5/3/2005)

POEMA 10

O TEU CABELO

O teu cabelo é tão engraçado
Gosto muito desse teu penteado
A franja deixa um olho tapado
E a mim deixa-me muito excitado
Pois dá-te um ar tão sensual
Se outros não gostam não faz mal
Pior para eles, porque eu adoro
És tão gira que eu até coro
Vinte e cinco centímetros comprido
O teu cabelo é o meu preferido!
(E também gosto muito da cor
E sim o que sinto por ti é amor...)

(5/3/2005)

quinta-feira, 18 de março de 2010

POEMA 9

TU ÉS MARIANA

Mariana tu és linda xD
Mas mesmo que ainda
Outra eu tivesse visto
É so a ti que não resisto ;)

Mariana tu és doce =9
Mas mesmo que outra o fosse
Só a ti eu provaria
Sempre te preferiria ;)

Mariana tu és demais =D
E mesmo que outra fosse mais
Nunca estaria tão acima
Só tu me elevas a auto-estima =')

Mariana és tu quem manda (lol)
E se quem ao meu lado anda
Fosse só a tua pessoa
A vida seria mesmo boa! =D

Mariana cheiras tão bem xD
Mas se outra cheirasse também
Só contigo iria suportar
Respirar o mesmo ar ;)

Mariana tens um sorriso... xD
E de outro não preciso
Pois não tem qualquer jeito
Substituir o que já é perfeito ;D

Mariana esses teus lábios... xD
Por onde conselhos sábios
Passam, que sensuais são!
Não escondo a admiração =D

Mariana esse cabelo... xD
Quando deus fê-lo
Devia tar inspirado
Adoro vê-lo ondulado =D

Mariana os teus olhos... xD
São flores aos molhos
Para quem tanto gosta delas
Assim como íris belas =D

Mariana os teus sinais... ;D
São mesmo originais
E só teus! Mas como te disse
Era inevitável que eu os visse ;)

Mariana esse corpo que tens... xD
É lindo, perfeito! Parabéns
A quem o deu a alma tão pura!
Parabéns a quem o tem, me lê e me atura... ;)

Mariana tu és...
Perfeita da cabeça aos pés!
Hmmm e alguma vez atingiste o nirvana?
Eu atijo-o sempre que te vejo Mariana!...

(11/4/2005)

POEMA 8

A DEUSA DA VIDA

Também pertences à mitologia
De noite, de dia, é constante
Do cimo dos céus tão distante
Para te alcançar a vista fugia

Mas na baixa Terra sinto a magia
O teu poder em mim penetrante
Mudas-te uma vida num instante
Prevines mantendo-te de vigia

És a deusa da vida Mariana
Pois quem dá vida dá sentido
Àquilo que às vezes nos engana

Eu comum mortal não te resisto
Pois sem ti não mais teria vivido
É apenas para ti que agora existo

(5/3/2005)



("angel" from the Nirvana album "In Utero")

os números - pt. I

Acabou a primeira parte do meu livro de poemas, dedicada aos números. Acaba no 7 por ser o meu número favorito! Agora só faltam 93...

o número 7

segunda-feira, 8 de março de 2010

POEMA 7

SETE

Sete são as maravilhas do mundo
Sete mas não vi ainda nenhuma
Para quê sete se me chega uma
Que de amor me deixa rotundo?

Do paraíso de onde sou oriundo
Toda a soturnidade se esfuma
Ao mergulhar num banho de espuma
Numa bolha me conservas profundo

Tu que de vida e de amor fervilhas
És só uma que vale por sete
E és a maior das maravilhas

Eu que por ti sou sempre levado
Sou a vida que sempre repete
A vontade de te ter a meu lado

(29/3/2005)


("7" from www.musamos.wordpress.com/2010/02/15/emil-bertell/
por sugestão da anónima - vejam o blogue dela: http://napraiasecreta.blogspot.com)

quinta-feira, 4 de março de 2010

POEMA 6

SEIS

Mais um dia que foi passado
Inevitavelmente chegam as seis
Recolho-me em etéreos aneis
Que em etéreos dedos estão colocados

Recolho-me ao meu bem sagrado
Onde vivemos como sendo reis
As rotinas não são fáceis
Mas melhoram a teu lado

Se na vida eu tiver sofrimento
O passarei sem qualquer receio
Porque tenho o teu olhar atento

Se falhar qualquer meu objectivo
Continuarei de alegria cheio
Pelo prazer que contigo vivo...

(29/3/2005)


("6" from www.flickr.com/photos/carbonnyc/76463757/)

POEMA 5

CINCO

Enquanto chagas de cristo são cinco
As minhas são umas vinte vezes mais
E mesmo assim não são demais
Aceito-as com prazer e afinco

Estas chagas com que rio e brinco
São dolorosas e nada normais
Pois pegando nelas nunca, jamais
Me livrarei deste profundo vinco

Vincadamente marcadas em mim
Ficam palavras que nunca completas
Nunca serão um meio para um fim

Mas nem só as palavras são dolorosas
Pois o silêncio é pior que setas
E as acções ferem, espinhosas...

(29/3/2005)


("5" from www.dreamstime.com)

POEMA 4

QUATRO

Queria um amor elevado ao quadrado
Mas tenho um amor sem expoente
Será isto que tenho um amor realmente?
Estarei contente, vazio ou destroçado?

Sentir-me-ei bem, só ou magoado?
Como se pode exprimir o que se sente
Se o destinatário ou está ausente
Ou recusa-se a ser endereçado?...

Nós dois elevados a expoente par
Quatro são apenas dois vezes duas
E a reacção é tão distante e dispar

O coração sente que hoje não será diferente
Pois em cada acto de mim recuas
E perco-te de vista à minha frente

(29/3/2005)


("4" from www.hil-ink.com)

terça-feira, 2 de março de 2010

POEMA 3

TRÊS

A perfeição nos números é o três
Como um triângulo que se fecha
Que com três ângulos não deixa
Que a sua forma mude outra vez

O sentimento é em português
Um lamento, a dor, a queixa
Que não permite que me mexa
Pois a perfeição mantém a altivez

Mesmo aquilo que é feito perfeito
Só por existir perfeição não tem
É inevitável apontar um defeito

A perfeição é a bela da utopia
Que se associa a quem se quer bem
E cuja imagem por amor se esculpia

(29/3/2005)


("3" from the Soulfly album "3")

POEMA 2

DOIS

Há novamente uma certeza
No meu mar alto de confusão
Na falta de lógica da razão
Que me caracteriza com dureza

Que me confere tal aspereza,
Que me permite tal precisão?
Lixe-me a lixa da decisão
Que me suavizará com certeza

Convivência que se verá depois
Pois agora tenho a preocupação
De tentar que sejamos apenas dois

Se fui polido por mim, por ti,
É porque me dá a sensação
De te dever o que sempre senti

(4/3/2005)


("2" from www.kindbook.com/maths)