terça-feira, 29 de novembro de 2011

Conversas

Conversas!
Muitas conversas!
Muito conversas!
Várias conversas!
É todo um corolário de conversas!
Que ficaram por aqui dispersas!
E muitas deles são bem diversas!
E por que não dizer perversas!
E gostas! E gosto! E ninguém mais as tem!
Ninguém se entretem!
Não desta maneira, com palavras, com ideias!
As conversas nunca estiveram tão cheias!
De metáforas! Ironias! Figuras de tanto estilo!
E continuo a escrever, assaz tranquilo!

Conversas que tens comigo,
e sabes que sou teu amigo,
e que o amanhã nunca se sabe!
Ou então esperas que não desabe
este castelo feito de pedras deste caminho
que costumava trilhar sozinho
até tu teres aparecido!
E me teres ajudado!
A ser, a realizar, a conquistar
os feitos mais incríveis!
Surreais! Bem-estar!
E as conversas são credíveis
mesmo que eu nem sempre acredite!
Mesmo que eu me irrite!
E irrito com tanta conversa sem sentido!
Mas que são melhores do que os desejos que tenho tido!

Conversas! Com quem?
Que interessa se se conversa tão bem!
E se voa! Sem sair do lugar!
Mais acção e menos jogar!
Que jogo! Quem ganha?
Que situação tão estranha!
Que vivo! Que vives! Vamos vivendo
e agora compreendo
todas as tuas conversas!

Liberdade

Liberdade, conquistada
à custa de muito sofrimento:
não valerias mesmo nada
sem passar por cada momento
e lhe ter sobrevivido,
lhe ter tudo permitido,
lhe ter perseguido
e te ter esquecido!

Liberdade, subvalorizada
custaste-me muito sofrimento:
tu não vales mesmo nada
sem ter havido um momento
em que não te tinha,
em que não te mantinha,
em que de ti nada vinha
e me pareceste mesquinha!

Liberdade, sobrevalorizada
és um belo dum sentimento
em que outros valem nada
nem que existas só um momento
em que me dás a verdade,
toda a sobriedade,
te enches de notoriedade
e não sinto de ti saudade!

Porque aprendi o teu valor!
Porque transmites o teu calor!
Mesmo que eu já tenha sido frio!
Frio! Frio! Frio!
E sobre isso agora só me rio!
Choro a rir e fica um rio!
Rio! Rio! Rio!
Porque sei o quanto me dás prazer!
Porque és o melhor momento de lazer!
Mesmo que eu já tinha sido mudo!
Mudo! Mudo! Mudo!
E sei falar e calava-me contudo!
Contudo e  com tudo! Com tudo e contudo!

Hoje acordei e vi a liberdade no horizonte!
Estava um dia soalheiro e o sol deu-me energia!
Para enfrentar mais este dia! E que dia! Mais um dia!
Em que a alegria se desnudou mesmo na minha fronte!
E foi um momento de alta liberdade! E sem qualquer pudor!
E forjámos as nossas formas e o martelo na forja não causou dor!
Porque estávamos imbuídos dessa nuvem de felicidade!
Chamam-lhe liberdade e receio que seja, ainda bem, verdade!
E nesse momento fomos tudo o que vem nos livros: eternos!
Bonitos! Inteligentes! Semi-deuses! Sapientíssimos e ternos!
E os teus olhos brilham à chama enquanto a bigorna aguenta!
Cada martelada molda à nossa maneira a melhor ferramenta!
Aquela que nos permite construir essa metálica e inquebrável,
inoxidável e fálica, uterina e felina, tão bela! Duroadoira e estável
como a inércia da rocha que alberga o mineral que incorporas,
que veneras, com que te decoras, e deseperas, e que adoras!
Eu não sei mais o que possa dizer que não tenha já dito!
Sobre ti, sobretudo para ti, em ti, de ti, para ti e em ti e grito:
TU ÉS A MINHA NOVA PAIXÃO E NÃO TE POSSUO!
Por opção! Porque aprendi a lição! Porque é assim que construo
algo que sei que é tão imutável como a própria concepção!
O teu conceito, perfeito, sujeito a mais do que uma interpretação!
E então surgem novas manifestações e todos concordam ao discordar:
este é um tão belo sonho do qual não vou, não quero, mais acordar!
Hoje, amanhã, ontem, outrora, futuramente: sempre e para sempre só tu:
Liberdade! Conquistada!
Liberdade! Que me conquista!
Liberdade! Conceptual!
Liberdade! Sempre actual!
Liberdade! Tão e tão real!
Liberdade! Pareces surreal!
Liberdade! Grita! Comigo!
Liberdade tu não estás em perigo
Porque vives em liberdade! Só tu! Só tu!
Só eu e tu! E nós! E todos! Livres!
Assim o queiram!
E querem!
Querem!
Podem não o dizer!
Mas querem!
E esperam!
Que apareças!
Mas felizmente eu fui à tua procura!
E encontrei-te!
E partilho!
Partilho-te!
Com quem quiser!
Com quem quiseres!
És de todos!
Todos!
E todos te querem e te podem ter!
Eu quero!
Eu tenho!
Liberdade!

liberdade


Livre

Liberto

Livre!

LIVRE!

LI! Li!

Li sobre ti!

E sobre mim!

E percebi!

Liberta-me! Liberta-te! Liberta-os! Li... Li...
Li...

Liberdade, conquistada, por nós!

Segunda escolha

Nem tudo é o que parece,
como aquilo que acontece
quando de manhã se parte rumo ao desconhecido
e só nos salvamos ao voltar ao ninho adormecido.

Segunda escolha, sabe para onde vou,
Terça-feira ainda não sei onde estou,
a última palavra foi o seu presente;
já a sua palavra continua presente...

Nem tudo soa ao que soa,
como aquela outra pessoa
que um dia nos pareceu que tudo tinha a merecer
e só nos salvámos quando não ficou pelo parecer.

Segunda escolha sabes por que não vou,
Terça-feira sei que sim porque já lá estou,
a primeira palavra foi o meu presente;
já a tua palavra continua presente...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Veneno

O sabor das ideias é algo que não posso saber,
o valor das ideias não posso materializar,
o que me dizes eu não quero perceber;
o filme é teu e não serei eu a o realizar.

Neste jogo do ter e do haver
não sou eu que fico a perder;
o mais cego é o que não quer ver,
o mais fraco acha-se com  mais poder!
E não tem força nem para gritar
quando suavemente levanto a voz,
não é possível em alguém acreditar
quando se ata nos seus próprios nós!

O prazer que me dás não posso quantificar,
as palavras que escrevo não as percebes,
a corda está tensa e se a tentas esticar
rebenta-se como essas águas em que bebes!

Neste fosso entre vida e morte
não és tu que estás a respirar,
o que tem azar acha-se com sorte
e as marés acabam sempre por virar!
E não tem força nem para falar
quando suavemente eis que argumento,
cai no ridículo quem não se sabe calar,
quer eternidade e terá o esquecimento!

Dá-me um pouco do teu veneno
mas aos poucos para me habituar!
Atinge-me pois continuo sereno
a ver esse teu decrépito actuar!

Continua a tua intoxicação
agora que lhe sou imune!
A justiça poética é a reacção
que não te deixará impune!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

... de amor dilacerante

A correr!
Só mais um instante!
A sofrer!
Sentido extenuante!
Um horror!
Vivido já distante!
Que terror!
Nas garras do gigante!
A morrer!
De amor dilacerante!

E um dia não são dias mas por mais dias que passem tudo me parece só um dia!
E nesse dia que foi feliz e já distante reverto o tempo e acho-me nele tão presente!
E gosto de ti e se o digo não entendes ou finges não entender e acredita que entedia!
E se calhar nada disto me interessa porque esse dia passado já te fez muito mais atraente!
E um dia que eu te veja da mesma forma não vais conseguir parar o meu ímpeto intempestivo!
E chegará o momento e essa estrela não mais me cegará e a claridade vai ser o meu alimento!
E em poucas palavras te direi tudo o que penso pois que me torno cada vez mais assertivo!
E então serei feliz porque terei realizado tudo o que sonho agora e eternizarei o momento!

A morrer, de amor dilacerante...
A morrer, de amor...
A morrer, de...
A morrer...
A...

Que pergunta é essa, coração?

Que pergunta é essa, coração?
Queres saber tanto e nada me dás;
explica-me tu como és capaz
de beber em mim tanta inspiração?

Sabes como me admirou a reacção
que tive a essa pergunta mordaz?
Mas se queres saber tanto me faz!
Saberei no dia da angelização!

Não percebo como é que começaste
com essa do "E tu nunca amaste?!"!
E nem sei se quero perceber...

Não esperes que eu pare para pensar,
o mundo gira e não vou descansar;
o gelo derrete no licor que vais beber...

sábado, 29 de outubro de 2011

Amor. Medo. Irmã. Sorte. Azar.

Acordo mais um dia com esta dor,
certo de que já não é muito cedo;
por que hei-de viver com este medo
se tão contrário a si é o próprio amor?!

A cortina aberta traz-me o vil calor
que destila lentamente o meu degredo,
será eterna a solidão a que não cedo,
este gelo em que sonho na paixao e ardor?!

Terei sempre uma irmã? Podes não saber
mas sempre foi a pessoa que quis ter
antes de deste fogo me aperceber!

É segredo e vais ter de me prometer
que quando um dia vier a sorte e casar
saberei que, não te ter, irmã, é muito azar.

19-10-2011

whiskey song

I love you but this is not working

let me drink my whiskey alone

I can't believe that it's over again

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"Olá." - dissemos.

"Olá." - disse ela.
"Olá." - respondi.
Disse-o com voz trémula.
Disse-o e não sorri.
Disse-o como nunca me dissera.
Disse-o como o senti.
Disse-o e soou-me sincera.
Disse-o e logo parti.
Mas... fiquei a pensar.
Por que mo disse?!
Já me viu a passar
e fez como se não visse...
Terá sido um reflexo?
Comigo não contaria...
Fiquei perplexo:
era isto que queria?
Foi isto que tive,
foi isto que ouvi,
foi a esperança que, quiçá, mantive,
foi a beleza que, de novo, vi.
Foi a simplicidade,
foi a desconfiança,
não foi novidade
nem perseverança;
foi só um momento
que me fez reflectir:
mudou o sentimento
e o modo de sentir
e aquela voz fina
soou-me tão distante,
há mais de dois anos
que não ouvia semelhante...
E revivi, revivo!,
três anos de história,
sinto-me feliz e vivo
por ter tão boa memória!,
e me lembrar de tudo
com tanto pormenor,
como sou sortudo,
como me sinto maior
por o ter vivido!
Por te ter escutado,
por te ter percebido,
por me teres enganado
e por te ver tão púdica
pois tenho a certeza
que não foste a única.
Deste-me tristeza
e as chaves do Mundo
que usei com saber
para não te ser segundo
e falaste-me hoje
e não há que entender
pois foi já tão longe
que não se pode retroceder...
E na verdade nem quero,
foi um dia e não é mais;
o destino é fero,
guarda os teus sinais
bem junto ao peito
pois tudo o que sobra
é o valor do respeito,
é essa mítica obra,
é tudo o que sonhámos,
é tudo o que quisemos,
aqueles que amámos
e este "olá" que dissemos.

21-10-2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vida, que dá tantas voltas sobre si

Vida, que dá tantas voltas sobre si
e se constrói assim toda uma história;
hoje acordei duma cama giratória
diferente do que sempre pareci...

Exorcisei medos de que padeci
e então senti o sabor da vitória;
esqueci o que tinha na memória,
fui simplesmente eu, diverti-me e cresci!

Inalei fragrâncias que recusei
quando tentei, em vão, uma relação,
mais uma, falhada, e sei que abusei!

Mas, sabes, deu-me uma tal satisfação!;
ao tentar, a medo, abraçar o passado
senti-me, finalmente, bem, realizado!

10-07-2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

DEAD BY PREGNANCY

Dead by Pregnancy começou por ser um projecto one man band em 2004. James Loose, o visionário criador deste projecto, deu o primeiro passo no sentido de criar uma banda em 2005 ao gravar a primeira música, a homónima Dead by Pregnancy, em conjunto com alguém que não ficou na memória… Ainda nesse ano, Margarida Martins entrou para o projecto ocupando-se da voz e do ritmo. Este original par de guitarristas apenas deu o primeiro concerto em 2009, após um longo amadurecimento; consequências de cada um viver em diferentes locais do país… Colaborações especiais esporádicas marcaram o percurso da banda, introduzindo bateria em alguns eventos e até contrabaixo e flauta transversal. A distância foi mais forte do que a vontade de actuar, juntando-se à apatia da vocalista, e uma reformulação profunda da banda foi operada, primeiro com a entrada de Tats Rage para o baixo (que entretanto se encarregou a tempo inteiro à voz, encontrando-se assim um outro nível de poder vocal), seguida de Moralez para a guitarra rítmica, numa altura em que Margarida dava o último inconsciente grito pela banda. Após algumas semanas como trio, juntou-se finalmente Lassie na bateria, o que veio dar uma nova dimensão ao som da banda. A raiz da banda é o activismo radical feminista, a luta contra
a homofobia, racismo e a violação (“no means no”), ministrado através da distribuição de flyers e sempre com total liberdade de expressão em palco, numa atitude anti-conformista e totalmente adversa a esta sociedade de consumo.

DEAD BY PREGNANCY renasceu!
O primeiro concerto com a nova formação é dia
16 de Julho, Sábado, em Santo Tirso!

Do cartaz fazem ainda parte:
FINA FLOR DO ENTULHO
P.U.N.K.


Entrada livre
!
Apareçam! :)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A PAREDE BRANCA

Um dia reparei numa parede enorme
pintada de fresco mas velha e disforme;
então algo me captou a atenção!

Esta parede reflectia a minha imaginação,
um grande e usado livro alvo por escrever,
tudo o que eu quisesse lá podia ver
e então continuei, atento, a observar...

A parede, que a uns estaria a estorvar,
para outros a sombrejar e para mim,
esta parede que parecia não ter um fim,
serviu para me contar uma história!
Esta parede é a minha grande memória,
que de tão cheia está logo se esvazia
e descansa, perene, e se atrofia
numa brancura impenetrável...

E eu observo-a e é-me agradável
e faço dela, só para mim, uma tela
gigante onde passam sobre ela
filmes a que só eu posso assistir!

Vejam como não consigo resistir
a esta improvável sessão de cinema,
a este inverosímil conto sem tema,
a este vazio que aqui te descrevo,
a este mar branco de alto relevo;
enfim, isto é apenas a minha grande sede,
sede de escrita sobre uma branca parede...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

ODE AO VENTO

vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
(som do vento)

Vento...
Fecho os olhos e sinto o vento,
lembro-me desse belo sentimento
que me invocas quando me acaricias,
quando com a tua frescura me delicias,
Sempre que passeio à beira-mar
E me lembro que já fui pessoa de amar...

Sinto...
Fecho os olhos, abstraio-me e sinto
o mesmo prazer que só a ti agora consinto,
Quando, de leve, os cabelos me afagavam,
e como o queriam, e como gostavam,
e como me fazes sentir de novo a voar
e na memória o teu sussurro a ecoar...

Então abro os olhos e olho para o horizonte,
vejo o passado a renovar-se defronte,
sinto o que de melhor já senti novamente
e consigo, só contigo, ficar contente...

Brisa...
De olhos abertos a lacrimejar de brisa
que de tão suave os meus sonhos realiza
é a sensação que outrora tive com outrém,
é a beleza perdida que em mim se contém,
é agradibílissima e sinto-me volátil
ao sentir de ti esta velha sensação táctil...

Sorvo...
De olhos e boca abertos te sorvo
vento meu que me afastas o estorvo
de ter de ter alguém para me deter
quando te tenho para me entreter
e entretanto sinto-me tanto e rodopio
envolta em ti, meu amor, meu vento frio...

Então fecho os olhos e me introspecto,
descarrego a adrenalina e vem directo
da memória, do coração; tudo se mistura,
e este meu bem-estar só connosco perdura...

12-06-2011

domingo, 12 de junho de 2011

Pescador

Lança a tua cana
Espera pelo  peixe
Fica atento
Que ele aparece
Quando menos esperas...

Lança-a outra vez
Que o isco desapareceu
E o peixe foi-se...

Não desistas
Que a chumbeira permanece...
Não desistas
Que a água passa sempre sem parar
E o peixe nela
Não  abranda...

Não adormeças, reflete!

Na tua vida...
Na tua cana
Na tua pesca...
Em ti...

E a água que passa
Passa sem voltar...
E a cana dobrada
É assim puxada
Pela presa que se debate
Sem pensar...

Tu és um pescador!
Sentirás, também, a dor
Mas não te deixarás pescar...
Pois tu és um pescador...

12-06-2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mar de memórias...

Destilo o amor perdido em vasos de memórias,
conto, aos amigos, velhas e longas histórias,
sinto, sozinho, que o que vivi foi já distante
e rio, para mim, nesta nova vida desinteressante...

Abrigo-me, de mim, de ti, num mar profundo
onde o teu canto escutei e foi já de sereia,
deitada, sorridente, morena, na fina areia
que me envolvia e me deixava d'amor rotundo...

Construo castelos na areia por ti molhada,
sinto as tuas escamas perdidas tão suaves,
olho para o céu e vejo e escuto as aves
que me dizem que serás sempre recordada...

E o Verão que se aproxima de novo, quente,
é quem me lembra que não me é indiferente
estender a toalha e não ver a tua ao lado,
esticar os braços sem ter em ti tocado...

E a neblina que sopra causa desconforto
quando causou já alegria pelo significado:
seria um par romântico ao frio abraçado
ou um barco perdido a chegar a bom porto...

E os salpicos de mar, que na cara se intrometem,
são promessas de felicidade que se evaporam
rapidamente, são as memórias que devoram
o bom tempo, invisível, que me prometem...

E este mar salgado que me escorre pela testa
lembra-me, tão só, as tuas mãos experientes...
Que saudade! Eram doces, suaves, quentes...
O mar é áspero e frio mas é tudo o que me resta!

terça-feira, 24 de maio de 2011

MANGAS

Mangas... Deliciam-me!
Gosto do sabor exótico.
Deve ser como comer uma equatoriana, pelo menos é como o imagino,
já que me circunscrevi a esta praia da Ibéria...
Pego na manga, com firmeza, quando esta está madura!
Aprecio-lhe a textura!
Cheiro-a, demoradamente...
Cheira bem, cheira intensamente...
Cheira a ... tentação!
Sinto a textura firme mas suave!
Queda-se hirta e dura, esperando que a lave...
Lavo-a! Apressadamente!
A tensão aumenta, apenas rivalizando com a vontade de a comer!
Mas não a levo à boca, não directamente...
Resisto no último momento!
Pego numa faca, numa que corte bem e... penetro-lhe uma das extremidades!
Regozijo-me ao ver o sumo a jorrar da ferida incurável,
Satisfaço a minha sede com esta fonte inesgotável;
Levo, então, à boca este pedaço de vida adorável.
Não a descasco, gosto dela assim ao natural!
Tal e qual foi parida pela mangueira que a pariu!
Tal o meu prazer quando a minha paixão a viu!
Sinto no palato o seu aroma agradável e doce!
Continuei a sorver sem parar um segundo que fosse,
consumi-a contente enquanto a fosse dilacerando
com a minha faca favorita que vou aprimorando
na arte única e lasciva de acabar com zangas:
sentar-me à mesa e desfrutar destas belas mangas!

20-05-2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

ENTREVISTA AO AUTOR DO MAIS RECENTE LIVRO DE XADREZ - “ Seja bem sucedido no xadrez em 128 passos”

José Padeiro, desde já quero agradecer a tua disponibilidade para colaborares com este meu humilde blogue e em troca proponho promover esta obra literária, que espero ler em breve, através desta pequena entrevista.


HIGH ON THE MOUNTAIN:
Para começar gostava de saber como surgiu este número, 128. Como sei da tua aptidão para a matemática presumo que não seja por acaso que tenhas escolhido um quadrado perfeito.

José Padeiro:
Obrigado pelo convite Morais. Para mim é sempre um priviilégio poder responder a estas questões, principalmente quando se trata de divulgar a modalidade de que tanto gosto.
De facto escolhi este número por ser o número de casas a multiplicar por 2. Claro que não faria grande diferença ser 125 ou 130 exercícios mas achei mais interessante do ponto de vista xadrezístico fazer esta associação.


HOTM:
O que é ser bem sucedido no xadrez, na tua óptica?

JP:
É sempre uma questão relativa. O que para mim pode ser bem sucedido, pode não ser para ti e vice-versa. Ser bem sucedido para mim é sentir que atingi o meu auge disfrutando ao máximo do prazer do jogo.


HOTM:
Podes assegurar-me que se eu seguir estes 128 passos posso ter sucesso no xadrez? E refiro-me a mim mesmo, porque é conhecida a minha persistência e determinação na prática desta modalidade. Alguém que se dedique a este livro, e o perceba, até onde pode chegar?
JP:
Não sei até onde podes chegar porque isso depende de outros factores variáveis, mas seguramente irás compreender melhor o jogo, e os teus resultados como consequência irão melhorar.


HOTM:
Esta pergunta é pouco original mas pode ser importante: a quem se destina o teu livro?

JP:
O livro dirige-se principalmente aqueles jogadores que tendo chegado a um certo nível de jogo, e compreendido os conceitos básicos, anseiam por atingir um patamar superior.



HOTM:
Por que razão, ou razões, o teu livro deve ser lido pelos adeptos do desporto rei do tabuleiro?
JP:
Sinceramente preferia que fosses tu a responder a essa pergunta depois de o leres (risos). Falando mais a sério, acho que está um livro bem estruturado que mostra posições de jogo bastante interessantes com o bónus de ser de jogadores bastante conhecidos na nossa praça.


HOTM:
Tenho reparado que as erratas, outrora um elemento banal de qualquer livro, não são esquecidas nesta obra. Algo correu mal ou foi ponderado?
JP:
(risos) Podia dizer que foi ponderado mas realmente estaria a faltar à verdade. Talvez algum desgaste de estar sempre a ver as mesmas posições, e alguma inexperiência devido a ser a 1ª obra, acreditando que estaria tudo conforme pretendido, levou a que passasse mal alguns diagramas, situação que será naturalmente revista na 2ª edição.


HOTM:
Para quando um livro de humor sobre xadrez?
JP:
(risos) Sinceramente nunca pensei nisso. Gosto de vez em quando de umas boas larachas mas editar uma obra desse teor é algo que neste momento não está nos meus horizontes.


HOTM:
Esta pergunta não pretende ser desagradável mas impõe-se: ponderas voltar a representar o GDDF?

JP:
Sem dúvida que sim! Além do mais sou um adepto incondicional do clube. Recordo-me, por exemplo, que há 2 anos atrás sofri bastante com a difícil manutenção na 1ª divisão. Quando sentir que é o momento certo regressarei se o Vitorino ainda me aceitar. (risos)


HOTM:
Tens algum objectivo com este livro? Será o primeiro de vários, a realização de um sonho antigo ou o simples prazer de ver o teu nome junto dos nomes de outros autores de obras de xadrez?

JP:
O primeiro objectivo foi concretizado. Passar alguma da minha experiência por escrito, tentando transmitir alguns dos meus conhecimentos. Naturalmente que mentiria se dissesse que o volume de vendas é pouco importante. Tenho ideias para mais livros, mas vai depender um pouco desse factor, que é quase um medidor se este tipo de obras é ou não bem aceite no nosso meio.

HOTM:
Obrigado pela entrevista. Se quiseres deixar algum comentário final está à vontade; aproveita que no meu blogue não há limites editoriais!
JP: Queria-te agradecer pelo convite efectuado e que sinceramente possas evoluir tanto com este livro como o gozo que me deu a fazê-lo!

Caso queiram saber mais sobre o livro, ou como o adquirir, cliquem nesta frase!

ENTREVISTAS

Decidi começar uma série de entrevistas a autores Portugueses que queiram divulgar, neste espaço, os seus trabalhos, em qualquer área, quer seja na música, literatura, pintura, origami, ... A imaginação é o limite!

Começo esta nova fase do meu blogue com a divulgação do livro do Mestre Nacional de Xadrez José Padeiro “Seja bem sucedido no xadrez em 128 passos”. Espero que o José Padeiro tenha sucesso com o seu livro e que esta entrevista seja a primeira de muitas.

E descansem, não me foi oferecido qualquer exemplar a troco desta entrevista; é mesmo puro altruísmo e o acreditar que devemos ajudar aqueles que preferem aventurar-se no desconhecido a estagnar no conformismo.

Quem estiver interessado pode contactar-me através deste meu blogue e também terá direito a uma entrevista para divulgar a sua obra-prima!

domingo, 3 de abril de 2011

As flores, o caminho e a incompreensão...

As flores à beira da estrada... florescem!
São... flores! É a... Primavera! Aquece!
O tempo... O tempo passa e tudo evolui!

O caminho é aquele que percorres!
Podia ser outro? Claro! Escolhe!
Mas era outro caminho, outra vida...

Compreendes? Não? Nem eu...
Mas caminho... E colho as flores.
Para quê? Se a mim ninguém colhe,
Não colhem os frutos do meu existir...


Flores, aí umas vinte... Para o caminho.
Não é isso que evita me sentir sozinho.
Incompreensão, flores soltas espalhadas...

sábado, 2 de abril de 2011

HIGH IN THE SKY

I was high in the sky, or flying...
Pretty clouds nearby, or trying...
Feeling so alive, or just dying...
Stretching my wings...
I master the strings
Of my own puppet!

I am high in the sky, and I like it!
Pretty far in the clouds, having my fit!
Feeling alive and alive I won't quit
Stretching my wings
I love all the things
I kept as a secret!

I will be high in the sky, you'll regret
The pretty clouds that will cry, and I bet
I will feel more than alive, with all I'll get
Stretching my wings
The bright future brings...
This sight! It's perfect!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011