quarta-feira, 20 de outubro de 2010

As portagens nas SCUT! pt. I

Vamos começar a desmontar o absurdo...
O que é uma SCUT? "É(ra) [adoro a Língua Portuguesa que permite estas coisas!] uma auto-estrada sem custos para o utilizador" (vejam a definição da wikipédia para mais pormenores http://pt.wikipedia.org/wiki/SCUT).

Era mas já não é. Não era já quando era mas agora ainda menos é! Passo a explicar: estas auto-estradas, como quase todas as outras em Portugal, foram financiadas pelos fundos comunitários europeus e pelos fundos... Portugueses! E quem é Portugal? Os Portugueses! Em grande parte estas estradas foram construídas com o dinheiro dos contribuintes Portugueses. Portanto aí já houve um custo para o utilizador. Porque quem vai utilizar as SCUT são... os contribuintes! E os contibuintes, para usufruirem das auto-estradas, têm de se deslocar em automóveis que pagam vários impostos para poderem circular, logo, indirectamente, mais uma vez estas auto-estradas estavam a ser pagas.

Desde o início que, absurdamente, estas estradas se chamam SCUT, quando se deviam chamar inicialmente SPORT. O que é uma SPORT? Pela mesma ordem de pensamento, é uma auto-estrada sem portagens, porque custos para os utilizador já antes tinha; portagens é que não.

Doravante, chamar-lhe-ei SPORT. Não que eu faça isto por desporto, mas sim por desagrado, ao ver que as coisas começaram mal logo no início: imaginem que tinham uma filha e lhe chamavam Joaquim! Era, para não dizer mais, estranho...

...

Palavras que tenho visto alteradas ao abrigo do novo acordo ortográfico...

... mas que escusam de contar comigo para o implementar, pois até me sinto mal ao ver isto:
domingo e diretor (em vez de Domingo e director, respectivamente, como se escreve em Língua Portuguesa).

Apenas mostro dois pequenos exemplos da desgraça que tenho visto; cada uma destas palavras alienígeas arrepia-me e dá-me nauseas, até porque dizem que agora a Língua Portuguesa é assim! Será, mas não para mim, e não neste blogue.

Os Domingos continuam a ser importantes para mim, assim como qualquer outro dia da semana e os meses do ano (interessante informação sobre os meses do ano nas ciberdúvidas: http://www.ciberduvidas.com/idioma.php?rid=2018).

Pelas regras que aprendi, diretor lê-se de maneira diferente de director, mas que eu saiba continuamos a pronunciar a palavra da mesma maneira portanto para quê mudar o que está bem? Por que razão decapitamos a etimologia da palavra? Por causa dessa língua não oficial, mas sem dúvida existente, o brasileiro? Eu falo Português, escrevo Português e não tenho nada a ver com os falantes e escritores de brasileiro. Aprendamos um bocado com a História e concedamos também a independência à língua que eles falam!

O Leopardo

Continuando ligado à Itália, o Leopardo foi outro dos livros que só me arrependo de não ter lido mais cedo. Lembro-me que o comprei em segunda-mão por 1,50 € e que foi um grande negócio. Desde que o conteúdo do livro esteja intacto, o preço ou a proveniência pouco me importam; claro que é bonito ter uma prateleira cheia de livros da mesma colecção ou ainda com aquele brilho que todas as coisas novas têm mas o meu interesse nos livros é, primariamente, o que neles posso descobrir ao lê-los.

A aristocracia em decadência, as mudanças inevitáveis que nada mudam (ou que tudo mudam, conforme a perspectiva) ou o último de uma família; tudo isto são temas presentes n'"O Leopardo". A par de outras leituras sobre a Sicília, o meu quadro mental da ilha vai-se completando (com ajudas das imagens dos filmes, claro), até ao dia em que, espero, pisarei o árido solo envolvido pelo Mediterrâneo. Outro romance histórico; com este livro muito há a aprender, desde a própria história à política, mantendo sempre a altivez dum condenado consciente, pois nestas páginas, como em tantas outras páginas da vida, "é preciso que tudo mude para que tudo fique como está"...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Família

A principal razão para ter comprado este livro (talvez há 3 anos atrás, na Feira do Livro do Porto) foi o autor; não idolatrasse eu a saga da Família Corleone e dificilmente conheceria a saga da Família Bórgia! O último livro de Mario Puzo, editado postumamente, foi o segundo que li e também adorei! Perante tanta emoção, positiva, que senti ao lê-lo decidi que tinha de "devorar" mais a obra deste autor e evitar tanto tempo em suspenso desde que posso tactear um livro mas não passo da capa até que percebo a sua verdadeira essência. Na minha estante, à espera, estão já "O Siciliano" e "O Último dos Padrinhos".

Este romance histórico é a verdadeira "saga de ambição e poder", como se lê na contracapa! Aconselho especialmente a quem, como eu, gostar de História, nomeadamente a época do Renascimento. E quem leu "O Padrinho" irá perceber que já no fim do século XV alguns dos "modernos" mecanismos da máfia já eram comuns no Vaticano.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Maya - O Romance da Criação

Gostei muito deste livro! Divinamente aconselhado por quem me parece conhecer antes de me conhecer (frase para fazer pensar), se há destino, este tratou de me colocar este interessante e complexo romance nas mãos. As reflexões nele constantes, o entusiasmo da prosa, reacenderam-me a vontade de queimar as pestanas; depois deste livro (que recomendo especialmente a Biólogos que queiram uma perspectiva interessante da criação, seja lá isso o que for..., num contexto pouco científico) não mais parei de saciar a minha fome de literatura.

Tenho lido...

Não tenho escrito, tenho lido... Muito! Muitas matérias diferentes! Comparo estilos, aprendo, aguço a curiosidade e tenho vontade de ler mais. E agora de voltar a escrever.
Olho para trás e vejo o quão pobre foi a minha escrita até agora. O quanto foi, como dizer... irreal! Não fingida mas irreal. Vazia de conteúdo. Superficial, vá. Felizmente que certa literatura se atravessou no meu caminho e me fez questionar, reflectir, enfim, evoluir...