sábado, 29 de outubro de 2011

Amor. Medo. Irmã. Sorte. Azar.

Acordo mais um dia com esta dor,
certo de que já não é muito cedo;
por que hei-de viver com este medo
se tão contrário a si é o próprio amor?!

A cortina aberta traz-me o vil calor
que destila lentamente o meu degredo,
será eterna a solidão a que não cedo,
este gelo em que sonho na paixao e ardor?!

Terei sempre uma irmã? Podes não saber
mas sempre foi a pessoa que quis ter
antes de deste fogo me aperceber!

É segredo e vais ter de me prometer
que quando um dia vier a sorte e casar
saberei que, não te ter, irmã, é muito azar.

19-10-2011

2 comentários:

  1. Viver agoniado só por não ser capaz de admitir que gosta de alguém é uma dor desnecessária.
    O medo de arriscar, no fundo, pode ser algo que dê frutos. Ter medo da negação só ajuda a crescer e não ganhar medo ou aversão.
    Exprimir os seus sentimentos é algo de único, se gosta de alguém demonstre-o sem medo, poderá ter uma surpresa. Agora se tenta convencer-se a si mesmo que não pode gostar, simplesmente porque não pode, não é uma justificação plausível. Podem, ambas as partes, sentirem-se vazios por precisarem um do outro... E aí sim acabam por ser infelizes, desnecessariamente.
    Coragem.

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  2. hum este poema soa me muito familiar :)

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