Demos as mãos
e sobre as minhas passeaste os teus dedos,
sentimentos irmãos,
a fraternidade com que partilhas os teus medos,
a doçura com que me revelas os teus segredos;
disse que não íamos ficar por aí e, qual Nostradamus,
a viagem foi muito para além destas mãos que nos damos...
Foi um abraço
e sobre o mesmo passeaste os teus braços,
comum o espaço,
comungámos inocentemente em longos passos
a sobriedade de carácter dos nossos traços,
marcados na areia molhada que até hoje pisamos,
a viagem foi muito para além do quanto nos abraçamos...
Era carinho
e sobre ele passeaste as tuas carícias,
meu caro vizinho
partilhamos nesta mesma rua várias delícias,
empanturramo-nos das iguarias mais propícias
à diabetes de que não sabemos se escapamos,
a viagem foi muito para além daquilo que acariciamos...
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Depressão, ansiedade e outros estados mentais
Correm sem parar e não abafam os seus gritos,
ajoelham-se no altar da senhora dos aflitos,
mamam uns xanax como se fossem conguitos,
têm a certeza que fazem parte dos proscritos.
Depressão, ansieade e outros estados mentais,
carnes coaguladas transformadas em vegetais,
mentes estagnadas cuja inteligência rejeitais,
vagueiam no vosso destino, as alas dos hospitais.
Fumem umas ganzas como o meu médico aconselha,
acreditem que com a minha idade não estou velha,
finjo-me de parva e faço tudo o que me dá na telha
e rio-me na minha cara na minha pele que se engelha.
Sento na cadeira, ouço o som da minha guitarra,
falam muito de formigas mas prefiro ser cigarra,
tenho a minha personalidade e ninguém me agarra
pois só com a minha atitude é que ela se esbarra.
Eu quero amor e paixão como se vê no cinema,
não faço questão nem vejo nisso um problema,
mas o tempo passa e iludo-me já por sistema;
só a podridão da escolha errada é algo que tema...
ajoelham-se no altar da senhora dos aflitos,
mamam uns xanax como se fossem conguitos,
têm a certeza que fazem parte dos proscritos.
Depressão, ansieade e outros estados mentais,
carnes coaguladas transformadas em vegetais,
mentes estagnadas cuja inteligência rejeitais,
vagueiam no vosso destino, as alas dos hospitais.
Fumem umas ganzas como o meu médico aconselha,
acreditem que com a minha idade não estou velha,
finjo-me de parva e faço tudo o que me dá na telha
e rio-me na minha cara na minha pele que se engelha.
Sento na cadeira, ouço o som da minha guitarra,
falam muito de formigas mas prefiro ser cigarra,
tenho a minha personalidade e ninguém me agarra
pois só com a minha atitude é que ela se esbarra.
Eu quero amor e paixão como se vê no cinema,
não faço questão nem vejo nisso um problema,
mas o tempo passa e iludo-me já por sistema;
só a podridão da escolha errada é algo que tema...
Complexo
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!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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!!!
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!!!
!
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?!
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...
Não.
...
.
Não!
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...
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...
?!
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!?
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!?
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!
!
Sim.
?!
!?
Sim...
.
...
Talvez...
Sim!
Sim?!
Sim!
Não?
Não?!
Não!
Sim.
Talvez.
Afinal é talvez.
Talvez...
Pois...
Deve ser...
Mas...
Mas o quê?
Enganas-me.
Enganas-me.
Enganas-me.
Não é fácil...
É complexo!
Ambivalente.
Incoerente!
Desinteressante.
Deixa-me.
Deixa-me!
Deixa-me em paz...
O mundo por vezes é tão complexo
e esta realidade não tem nexo.
Recuso-me a falar mais contigo.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
.
Escusas de falar mais comigo.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
.
É parecido.
Não é igual.
Não.
Não.
Mas...
E então?
Então...
Chega.
Isto é difícil...
E já beijei gajas e tal e... enfim... não colou.
Mas senti imenso.
Não é uma questão de escolha.
Que estou aqui a dizer? Não sei.
Por isso e tudo tão complexo.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Ponto final, parágrafo.
Igual.
Complexo.
E já sabes...
!!
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!!!
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...
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...
...
Não.
...
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Não!
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Sim.
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Sim...
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Talvez...
Sim!
Sim?!
Sim!
Não?
Não?!
Não!
Sim.
Talvez.
Afinal é talvez.
Talvez...
Pois...
Deve ser...
Mas...
Mas o quê?
Enganas-me.
Enganas-me.
Enganas-me.
Não é fácil...
É complexo!
Ambivalente.
Incoerente!
Desinteressante.
Deixa-me.
Deixa-me!
Deixa-me em paz...
O mundo por vezes é tão complexo
e esta realidade não tem nexo.
Recuso-me a falar mais contigo.
...
...
...
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...
...
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Escusas de falar mais comigo.
...
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É parecido.
Não é igual.
Não.
Não.
Mas...
E então?
Então...
Chega.
Isto é difícil...
E já beijei gajas e tal e... enfim... não colou.
Mas senti imenso.
Não é uma questão de escolha.
Que estou aqui a dizer? Não sei.
Por isso e tudo tão complexo.
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Ponto final, parágrafo.
Igual.
Complexo.
E já sabes...
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Simples
E quando o mundo se tornou mais complexo,
parei, pensei e fiquei simplesmente perplexo
perante tanta e tão boa simplicidade!
E parou, de repente, o toque da ansiedade.
O cansaço, inoportuno, mas tão presente
virou para uma paz que me deixou tão contente
quanto saber o que, imagine-se, a causara!
E surgiu-me, no horizonte, uma afável cara!
Mais cara não me podia ser, tão confortável,
tão simples que se tornou até, veja-se, desejável
e então as peças do puzzle juntas tornam claro
que é por vezes no mais simples que não reparo.
Deparo-me, ainda assim, com uma memória,
recente, de quando quis mudar a história
e parece que não consegui, que insucesso,
ainda bem que nem tudo o que não quero impeço.
Como eu não te compreendo e como te invejo,
como me tento afastar e como te desejo,
como pude ter os olhos fechados se é tão evidente
que a tua simplicidade é tão atraente...
Imagina que havia dois de mim, que decadência,
e o tempo que foi perdido, bem, paciência,
não sabemos o que queremos, vamos indo e vamos vendo,
o futuro não é o ideal, é o que vai acontecendo.
Para quê complicar o que pode ser simples?
Afinal, quem tem que aprender com quem?
parei, pensei e fiquei simplesmente perplexo
perante tanta e tão boa simplicidade!
E parou, de repente, o toque da ansiedade.
O cansaço, inoportuno, mas tão presente
virou para uma paz que me deixou tão contente
quanto saber o que, imagine-se, a causara!
E surgiu-me, no horizonte, uma afável cara!
Mais cara não me podia ser, tão confortável,
tão simples que se tornou até, veja-se, desejável
e então as peças do puzzle juntas tornam claro
que é por vezes no mais simples que não reparo.
Deparo-me, ainda assim, com uma memória,
recente, de quando quis mudar a história
e parece que não consegui, que insucesso,
ainda bem que nem tudo o que não quero impeço.
Como eu não te compreendo e como te invejo,
como me tento afastar e como te desejo,
como pude ter os olhos fechados se é tão evidente
que a tua simplicidade é tão atraente...
Imagina que havia dois de mim, que decadência,
e o tempo que foi perdido, bem, paciência,
não sabemos o que queremos, vamos indo e vamos vendo,
o futuro não é o ideal, é o que vai acontecendo.
Para quê complicar o que pode ser simples?
Afinal, quem tem que aprender com quem?
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