sábado, 17 de agosto de 2013

À lareira, a recordar o tempo que há-de vir...

Realidade, abstracta mas em concreto
estudo, aprofundo e não tenho conceito,
"Para quê?", pergunto, se nada é perfeito,
"Porquê?", penso, mas não sei o que é correcto.

Verdade, ilusão, uma casa sem tecto,
os pilares abanam mas fi-los a direito,
as fundações são boas mas perdi o jeito
de construir, imaginar, ou tudo é recto?

As linhas de fuga são longas e curvas,
os esboços esbatem-se em folhas turvas,
a chuva cai ácida e limpa o horizonte...

Arquitectura sem função mas com beleza,
arriscar é com vontade mas sem certeza:
edificar!, outra história, queres que a conte?


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