quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Fecha-se uma porta, abre-se uma janela

Fecha-se uma porta, abre-se uma janela:
fecha, está frio! Vem aí o desconforto...
Que me interessa ser rico se estou morto,
rilho os meus ossos secos à luz da vela.

Abrem-se os olhos, outros fecham-se, os dela:
fecha, está feio! Vomito-me, um aborto,
atrasado e ausente pois sempre absorto
negligencio o velho amor da cautela.

Não tapa buracos a manta de retalhos
quando esta se estica até ao impossível:
abrange mais e menos o fim alcança.

Passam os dias, não findam os trabalhos,
ergo a testa e o horizonte é invisível:
a luta continua, sempre, mas cansa...

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