Nuvens negras, a voar,
o que posso fazer para vos alcançar?
Chuva grossa, continuada,
por mais que tente molha-me nada...
Então chove! Chove! Chove! Mais!
Chove no molhado
que mesmo assim não chega,
chove mais um bocado
e mesmo assim não chega,
continua a cair e sem sucesso
porque não molhas tanto quanto peço...
Vento forte, clandestino,
como posso chegar ao teu destino?
Ar húmido, frio e arrepiante,
por mais que tente estás tão distante...
Então sopra! Sopra! Sopra! Mais!
Sopra no meu corpo gelado
que mesmo assim ainda não chega,
sopra mais forte e mais direccionado
e mesmo assim sabes que nunca chega,
continua a soprar, e como te adoro,
mas não é suficiente o quanto te imploro...
De que estavas à espera?
Sabes que chegou a Primavera.
Sabes que há algo eterno,
a sensação gelada do Inverno.
Sabes, ou não, que tudo não passa duma estação,
que tudo não passa de um momento que se repetirá;
sabes que isto sempre acontece e acontecerá em sucessão,
saberás o quanto a chuva molha?! E o vento para onde irá?!
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O vento vai por ali.
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