terça-feira, 1 de outubro de 2013

A luz no escuro.

Há luzes na sombra
que te assombra,
que te ensombra
e te torna obscura!
Ri, chora, procura:
a luz, a da ribalta!
Dança, grita, salta
e encontra o teu lugar!
Em frente, sim, devagar,
estás a chegar,
é mesmo aí, à direita,
essa porta, espreita!
Que vês? Descreve.
Nada disso, algo breve,
quero ter uma ideia
do que se estreia
para lá da cortina!
Em surdina,
que é segredo,
sei que tens medo
da verdade,
de verdade,
compreendo...
Depreendo,
contudo,
que não é tudo
o que tens a dizer.
Que fazer?
Desconheço
mas apareço
amarelecido,
apodrecido,
escarificado
e sei o que dizes:
são cicatrizes
do tempo ido
e tenho vivido
na esperança
e na cobrança
do que procuro,
a luz no escuro...

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