André Fox, é para mim um grande prazer poder contar com esta entrevista no meu blogue - sei que me repito nesta parte inicial mas é verdade. Já nos conhecemos há uns doze meses, uma volta ao Sol, fazes parte desta minha estadia em terras de Santa Maria da Feira, e também do meu percurso espiritual. Exerces por cá as tuas actividades, da música à meditação, passando pelos produtos naturais, e seguramente serão tópicos abordados nesta entrevista.
HIGH ON THE MOUNTAIN:
Vamos começar com uma questão fácil. Como chegaste à espiritualidade?
André Fox:
Olá Paulo, grato pela tua companhia nesta volta ao Sol, onde nos encontramos para vibrar mais alto. Desde miúdo que haviam coisas que não eram muito normais, digamos. A minha mãe contava histórias da infância/adolescência, que foi marcada por um grande dom, mas que na altura era problemático e então resolveram bloquear em certa parte as capacidades dela. Eu lá fui crescendo, ignorando o lado espiritual e deixei-me levar pela matéria, até que regressei de estágio em Espanha, Granada (2012) e algo cá dentro começou a questionar tudo e a tentar encontrar o propósito da nossa vinda cá a este plano. Não foi fácil, muito isolamento e horas passadas a ver documentários e a estudar coisas que não são bem vistas aos olhos da sociedade.

HOTM:
Já passaste pela indústria têxtil, pelo turismo, já foste DJ - encontraste na espiritualidade o teu caminho ou ainda poderemos assistir a mais alguma mudança radical na tua vida?
AF:
Radical não digo, quando uma pessoa se abre ao Universo, vamos complementado a nossa capacidade de servir a nós e ao próximo.
Talvez num futuro irei estar mais próximo da terra e da produção de alimentos, é algo que gosto e que cada vez mais necessitamos.
HOTM:
Queres explicar melhor o que fazes actualmente em termos profissionais?
AF:
Para além de ajudar na limpeza energética, eu potencio o crescimento de quem me procura. Vejo para além da carne e da mente, vejo o potencial escondido dentro de cada um.
Uso o Reiki para análise energética e o Som para proporcionar um relaxamento profundo, que ajuda na cura da Alma e consequentemente do físico.
HOTM:
Lançaste recentemente a tua própria marca de instrumentos musicais, a Sana Sounds. Como está a correr? Que instrumentos vendes?
AF:
Sim, lancei a Sana Sounds, focada em instrumentos de qualidade alta a um preço muito acessível.
Para já vendemos Handpans, Taças de Cristal, Taças Tibetanas, Gongos do Nepal.
Posso afirmar que está a correr melhor do que o esperado, cada vez mais as pessoas têm consciência do poder do Som, o que é fantástico.
HOTM:
A tua actividade, como qualquer outra, tem os seus desafios. Ainda há muita gente que te ache um "bruxo", ou mesmo um charlatão?
AF:
Houve alturas em que perdi tempo em tentar mudar as mentalidades. Mas aos poucos a verdade vem ao de cima.
Tive alguns episódios caricatos com pessoas conhecidas, mas não há nada melhor do que experienciar...
O Som/Energia fala por si, é como o algodão, não engana hehe.
HOTM:
Podemos dizer que és um "terapeuta de largo espectro", creio. No que concerne aos produtos naturais, quais aqueles com que gostas mais de trabalhar?
AF:
Já experienciei e auxiliei rituais com medicinas da Amazónia, Ayahuasca, kambo, rapé. Também com psilocibina (cogumelos mágicos). Mas há uma que me acompanha já há uns bons anos, que é a cannabis. Muito mal tratada pela sociedade, esta medicina ajudou-me imenso no meu despertar e a deixar uma droga pesada que quase me matou por várias vezes, chamada álcool. De todas as medicinas que mencionei, é a mais fácil de vigiar em grupo, ainda assim é preciso total respeito pela planta e por aquilo que ela nos vai mostrar.

HOTM:
Porque há tanto preconceito com certos produtos, como os canabinóides, quando alguns outros parecem estar na moda, e ninguém põe o seu uso em causa? Não são todos os produtos naturais igualmente interessantes, apesar de cada um ter a sua própria utilização?
AF:
Eu acho que é claro, dizem que a cannabis deixa a pessoa preguiçosa, que destrói neurónios... Muito pelo contrário, já há estudos que comprovam que cria neurónios (usada para reverter Alzheimer, já comprovei com um paciente meu) e claro, quando estamos a trabalhar em algo de que não gostamos, a planta só vai mostrar cada vez mais esse desagrado, obrigando-nos a mexer.
É uma planta que ajuda no despertar, e é claro que quem domina este Jogo, não quer perder escravos...
A roda tem que girar, sem questões, sem desobediência... Para além disso é uma planta que interfere com o nosso sistema endocanabinóide, responsável por tudo que é inflamação, tudo que é inflamação é doença... Claro que a indústria farmacêutica não iria aceitar perder bilhões em lucros com clientes, curar nunca foi rentável. Existe cura para tudo e encontra-se na natureza, estamos a ver cada mais estudos sobre psilocibina e outras "drogas", que retiram este carácter negativo, mas como sempre, é preciso muita cautela, segurança e respeito pela medicina.
HOTM:
Foste pai pela primeira vez o ano passado, e além dos desafios habituais da paternidade sei que evitas (ou negas mesmo a utilização?) de vacinas e outros produtos farmacêuticos e tratamentos tradicionais em detrimento de produtos naturais e terapias ditas alternativas. É difícil lidar com a medicina tradicional? É possível conjugar medicina tradicional com natural/holística?
AF:
Com a minha experiência posso afirmar que ir ao médico/hospital, só mesmo em emergências/acidentes. A partir do momento em que há formas holísticas de detectar doenças antes delas se manifestarem no físico para quê submeter a exames que são prejudiciais para o nosso corpo? Para quê estar num espaço cheio de viroses? Fui pai, a minha companheira não levou nenhuma vacina, nem a minha filha, passaram-se 16 meses e fez apenas febre ao nascer os dentes, nunca esteve doente.
Li as bulas todas por descargo de consciência e ainda fiquei mais indignado com os efeitos, mas ninguém lê as bulas? Confiamos nos médicos de olhos fechados? O homem do talho também veste bata branca...
Para mim, que já ajudei a detectar cancros e ajudei a curar, não acho que a medicina tradicional tenha qualquer tipo de eficácia, remediar não é solução. É necessário saber a causa da doença e 100% das vezes ela antes de ser física já se manifesta no campo espiritual/mental/emocional.

HOTM:
Outro desafio é chegar às pessoas. Há muita gente disposta a experimentar estas terapias alternativas?
AF:
Cada vez mais, mas esperam que a terapia faça o trabalho deles. Muitos querem mudanças sem fazer algo diferente... São poucos os que experimentam e fazem pela sua própria cura/salvação, mas tudo a seu tempo.
HOTM:
Há um tipo de terapia para cada pessoa ou situação? Ou por exemplo o sound healing aplicar-se a todos?
AF:
Eu acho que é muito pessoal. Na minha visão o Sound Healing é para todos, é uma ferramenta para ajudar no desligar da mente e ver o que vai dentro da Alma. Mas acredito que haja terapias que ressoam mais com certo tipo de pessoas do que com outras e ainda bem. Não há errado nem certo, sentimos e é o suficiente. Só temos que nos deixar levar pelo que ressoa connosco.
HOTM:
És utilizador da IA na tua vida? Achas que a vida vai mudar muito com a inteligência artificial?
AF:
Se dependesse de mim, já teriam ido à falência hehehe. Usei umas poucas vezes. Acredito que usada para o Bem de todos seria algo magnífico, um mundo mais criativo e despreocupado, mas com estas "gentes" a liderar o planeta, pressinto que será algo usado para um ditadura tecnológica, como na China.
HOTM:
Creio que concordarás que o Mundo não vai no caminho certo (alterações climáticas, guerras, várias tensões sociais, ...). Que caminho propões a aqueles que te procuram? É possível mudar o Mundo?
AF:
O que proponho é cada um encontrar a sua graça, fazer o que amam e servir o próximo. Só assim, mudando o interior, veremos a mudança no mundo. Está na hora.
HOTM:
Muito obrigado pela entrevista. Se quiseres deixar algum comentário final, está à vontade; no meu blogue não há limites editoriais!
AF:
Obrigado eu. Quero apenas felicitar-te, pelo teu crescimento, pelo teu trabalho. Por teres aceite o convite do universo para seres a mudança que o Mundo precisa.
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