quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Simples

E quando o mundo se tornou mais complexo,
parei, pensei e fiquei simplesmente perplexo
perante tanta e tão boa simplicidade!
E parou, de repente, o toque da ansiedade.
O cansaço, inoportuno, mas tão presente
virou para uma paz que me deixou tão contente
quanto saber o que, imagine-se, a causara!
E surgiu-me, no horizonte, uma afável cara!
Mais cara não me podia ser, tão confortável,
tão simples que se tornou até, veja-se, desejável
e então as peças do puzzle juntas tornam claro
que é por vezes no mais simples que não reparo.
Deparo-me, ainda assim, com uma memória,
recente, de quando quis mudar a história
e parece que não consegui, que insucesso,
ainda bem que nem tudo o que não quero impeço.
Como eu não te compreendo e como te invejo,
como me tento afastar e como te desejo,
como pude ter os olhos fechados se é tão evidente
que a tua simplicidade é tão atraente...
Imagina que havia dois de mim, que decadência,
e o tempo que foi perdido, bem, paciência,
não sabemos o que queremos, vamos indo e vamos vendo,
o futuro não é o ideal, é o que vai acontecendo.

Para quê complicar o que pode ser simples?

Afinal, quem tem que aprender com quem?

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