quinta-feira, 29 de abril de 2010

POEMA 30

CARTAS

A cartomante deitou as cartas
Para prever o nosso destino
O que aqui se passa não imagino;
De que fim, mulher, nos apartas?

De que nó nossa vida desatas?
Porque é que eu perdi o tino
E acredito neste falso divino
E nestas filosofias baratas?

Não há cartas que nos adiantem
Quando o destino está traçado
E outra hipótese não se tem

Há que encarar pois não há qualquer ser
Nem mago, nem espírito alado
Que possa mudar o que tiver de ser

(28/3/2005)

Sem comentários:

Enviar um comentário