terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Nem eu sei mas gostava de saber e se alguém souber então saberei que o sabe mas não espere que eu saiba como o soube

Sim, e estava na praia, e pensativo...
"Como é possível?!"!
E não tenho uma resposta para dar...
Sabes que também não me interessa
responder a tudo
mas agrada-me o trabalho de questionar.
Agrada-me imenso! E não há respostas.
Nunca há e achas que isso me importa?!
De todo! Já aprendi a não as ter,
já aprendi a não esperar por elas
portanto limito-me a colocar as questões
e se alguém quiser responder,
ou muito simplesmente tentar,
já me faz um pouco mais feliz!

Conheço uma pessoa mais fantástica do que o resto,
porque partilha o mesmo bom gosto,
aqueles que dizem que não presto
como pessoa por ser... como sou!
E então que faço quanto a isso?
Nada! Apenas... gosto de indagar
os gostos em comum, e são bastantes,
e no final achamos que é engraçado.
Apenas engraçado. Curioso, talvez.
Interessante, no mínimo,
estimulante, suponho,
cativante, quiçá,
motivante, até certo ponto,
apaixonante, se quisermos,
e doravante vai ser sempre assim:
cada passo dado vai ser questionado
"foi este mais um que gostavas de ter dado?!".

Então, a certa altura, olhei para o lado,
atentei nos olhos, gosto disso,
de olhar para os olhos de alguém,
e já não me lembro do que disse...
Gostei dos olhos, da profundidade;
quando olho alguém nos olhos, fixamente,
demoradamente, com vontade de observar,
vejo a pessoa nua, frágil, aberta
pois que me parece que consigo penetrá-la,
ainda que apenas com os olhos,
mas descubro imenso sem me mexer
e assim continuo o meu desporto
da constante análise do Mundo.

Estava calor nesse dia, bastante,
e não havia água por ali. E que sede!
Então fomos andando, à procura,
numa esperança de saciedade,
uma motivação como outra qualquer,
outra qualquer fisiológica, entenda-se,
e devemos ter andado vários quilómetros,
sem rumo mas com vontade e, desta vez,
a vontade não chegou porque parámos,
junto a um poste, muito alto e magro,
que nem sequer nos providenciou sombra,
e aí apercebemo-nos de que estávamos perdidos!
Completamente perdidos! Num deserto!
Um deserto de ideias, claro, como neve,
um deserto vazio, completamente vazio,
tão extenso que a vista se perde nele,
e nesse momento sentimos medo, muito medo,
medo de não sairmos de lá nesse dia...
Só que entretanto tivemos uma ideia!

Num futuro próximo, contudo,
talvez daqui a uns cem, duzentos dias,
mais coisa menos coisa, por aí,
o Mundo vai mudar e com este o meu mundo
e então verão como será boa a mudança!
Porque, actualmente, fala-se de crise,
de apócalipse, armagedeão, o que quiserem
mas eu sinto que a mudança está próxima
e será bem melhor do que o esperado!

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