quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A observação atenta da arte de lavar o chão.

Movimentos circulares,
ciclos circadianos,
opiniões angulares,
inverdades, desenganos
e muita água corre...

Lixo outrora residente,
um sem-abrigo forçado,
entranha-se mais, impotente
à força de ser lavado,
e pelo cimento escorre...

É preciso um detergente,
menos tensão superficial,
fosse vista a não aparente
e este dia seria especial
pelos caminhos que percorre...

Ainda é pouca a altura
quando não há certeza
e até magoa a brancura
quando não significa beleza
e em pecado incorre...

Maculam a calçada imaculada
a água, vassoura e trabalho:
para quê se logo fica manchada
a cada passo dado no soalho?
Tal como se nasce e logo se morre...

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