sexta-feira, 15 de junho de 2012

Então foi assim...

Quero muito mais mas não sei se devo,
está na ponta da língua mas não se diga,
como é que consigo mascarar o enlevo?
Afinal não tenho mais olhos que barriga.

Diz-me, sem rodeios, o que pensas,
agora que sabes o que eu penso,
a curiosidade com que me adensas
não é menor do que à que pertenço,
não sabes o mal que me tens causado
por desconhecer a tua resposta,
ninguém acredita que tenha acabado
quando se sabe bem do que se gosta.

Queria mais mas sei que não devia,
estava na ponta da língua mas não disse,
como consegui esconder o que havia?
Afinal não comeria se não o visse.

Diz-me, sem rodeios, o que havias pensado,
agora que sabes o que eu pensei,
a curiosidade com que tenho ficado
deve-se àquilo que acho que sei,
não sabes o bem que me foste causando
por ter a certeza dos meus receios,
agora respondo-te que vou andando
pois os fins justificaram os meios.

Quereria mas não calhou e agora?!
Agora...

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