domingo, 9 de maio de 2010

POEMA 33

AGOSTO

Acontece tudo no mês de Agosto
Por razões que de todo desconheço
Cada manhã novamente amanheço
É mais um dia, é mais um desgosto

De tal vergonha cubro o meu rosto
Mas não é vergonha que reconheço
Embora ruborize quando apareço
Passo-me por lhes ter tomado o gosto

Consegue confundir-me o padrão cíclico
Costumo ter grande compreensão
De sol e calor é um mês rico

Mas é seco, vazio, indiferente
Adoro-vos mas sinto esta tensão
De nunca vos ter presente...

(25/3/2005)

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