quarta-feira, 12 de maio de 2010

POEMA 36

PALMEIRAS

Uma tarde bem passada
Após as probabilidades
Há já muito esperada
E que deixará saudades

Aos fechos agradeço
A fácil localização
Tenho aquilo que mereço
Devo-te a dedicação

Fotocópias na pasta
Onde havemos de ir?
Acreditar basta,
Bsta te ver a sorrir

Chocolate gelado
Que devoro sem vontade
Como mais um bocado
Já sem ansiedade

Tens um riso engraçado
Que nunca evitas
Sou só um desgraçado
Que faz coisas bonitas

Sinto-me bem contigo
És tão grande para mim
O meu único perigo
Era não o imaginar assim

Não escondas o que tens
Mostra-te ao mundo
Os melhores bens
São os que estão lá no fundo

Passou tão depressa
Tão curta a viagem
A realidade regresa
´bora para a paragem

Pelo mesmo se espera
A realidade nua pura
Por ti ele desespera
Bate só e ainda dura

No autocarro vamos
Só se ouvem asneiras
Ambos paramos
Tu sais em Palmeiras

O resto do caminho
Não tem história
Permaneço sozinho
No meio da escória

Penso em ti de todas as maneiras
Nem a música me acalma
Ficaram abertas as torneiras
Que me inundam a alma

De todo o arvoredo
Por razões verdadeiras
Sinto paixão e medo
Só pelas palmeiras

De toda a vegetação
De qualquer estação
Sinto grande amor
Por apenas uma flor

(28/2/2005)

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