quarta-feira, 30 de junho de 2010

POEMA 61

OS FRUTOS APODRECEM

Não mais sinto os teus doces beijos
Com sabor a frutos vermelhos
Frutos apodrecidos de já velhos
Também serem os teus desejos

Estagnaste com os teus tolos pejos
E quebraste todos os espelhos
Não mais vês e pões-te de joelhos
Rezas a um deus de lampejos

Não há soluções, só o teu soluçar
Perdeste o tempero e a frescura
Agora páras a chorar e pensar

Os frutos que te dei tu recusaste
Agarras-te a mim e pedes a cura
Mas só tu podes desfazer o que criaste

(30/3/2005)

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