segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A receita para a parasitose!

Como me livro deste parasita
que perante a carne nunca hesita?
Rasga-me a pele, chupa-me o sangue
e ainda espera que nunca me zangue!

Como me livro deste parasita
que se apresenta de cara bonita?
Come-me por fora e até ao tutano
e se me insurjo chama-lhe um engano.

Como me livro deste parasita
se lhe pago eu a casa onde habita?
Não tem pudor e faz-se convidado,
se eu o censuro sou eu censurado.

Como me livro deste parasita
se está tão entranhado que até me irrita?
- Irritas-me a pele e todas as mucosas,
sustento-te a vida e ainda me gozas!

Como me livro deste parasita
que tudo quanto diz ninguém acredita?
E mesmo assim ele nunca se cala;
já a mim tira-me o juízo e a fala.

Como me livro deste parasita
que sentindo poder logo se arrebita?
O poder é meu pois eu te carrego!
Eu abri os olhos, o poder fez-te cego!

Como me livro deste parasita
se a minha vida é por ele escrita?
Apenas tira-se a pena e faz-se um poema
e cada acção pequena resolve o problema!

Como me livro deste parasita
cuja idiossincrasia não se evita?
Evito-me eu do teu temperamento,
para me curar chegou agora o momento!

Como me livro deste parasita
cujos meus bons exemplos nunca imita?
A exemplo disso faça-se a mudança,
enquanto há Portugal ainda há esperança!

Como me livro deste parasita
que todos os cêntimos me debita?
Tira-se-lhe a mama e dá-se-lhe um caralho,
que suba por ele até avistar um trabalho!

Já me livrei deste parasita
pois a minha mente é-lhe restrita;
a cura é possível (é a minha única crença),
mate-se o parasita e cure-se a doença!

Sem comentários:

Enviar um comentário